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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Cármen Lúcia para presidente do Brasil diz senador

Senador tucano diz que Cármen Lúcia seria melhor opção para substituir Temer
 

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) considera que o presidente Michel Temer "vai enfrentar uma dificuldade grande" para concluir o mandato até 2018. Em entrevista na terça-feira, 20, à rádio RPN, de João Pessoa, Cássio defendeu que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deveria substituir Temer.


"Uma nova eleição seria a melhor saída, não tenho dúvida", comentou.

Licenciado do cargo de senador desde setembro, ele afirmou que sempre foi favorável a eleições diretas para presidente e que a defesa do presidente no processo que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "não combina" com a tradição da Justiça Eleitoral. O parlamentar disse que só apoiou o impeachment de Dilma Rousseff porque o processo no Senado "andou mais rápido" do que o do TSE.

"Eu sempre achei que a nova eleição seria o melhor remédio para distender o país e encontrar legitimidade no que diz respeito à composição de um novo governo. Infelizmente o TSE não concluiu o julgamento a tempo, o impeachment andou mais rápido e havia também razões objetivas para realização do impeachment, uma vez que presidente Dilma inegavelmente cometeu os crimes que lhe eram imputados", afirmo

Ele declarou que Cármen Lúcia seria a melhor opção para cumprir o período de transição, afirmando que ela é "uma mulher cuja honestidade e probidade ninguém discute, que tem experiência e tem capacidade". "É preciso pensar um pouco mais largo e o Brasil já deu demonstração de disposição de dar oportunidade para as pessoas que também não estão na militância política mais tradicional."

Nesta quarta-feira, em meio aos boatos de afastamento dos tucanos, Temer minimizou as declarações de Cássio durante evento ao lado o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para a entrega de 420 unidades do Minha Casa Minha Vida, em Mogi das Cruzes. "É natural que falas dessa natureza aconteçam. Se não estivermos habituados a falas dessa natureza, não conseguimos governar. Temos que passar adiante", declarou.

Questionado sobre o possível afastamento dos tucanos de sua gestão, em razão do acirramento da crise política e econômica e da Operação Lava Jato, o presidente da República teceu elogios a atuação do PSDB. Ele disse que os tucanos têm prestado um auxílio "extraordinário" à sua gestão, brincando que só não iria levantar a mão de Alckmin (num sinal clássico de vitória) porque não iria pegar bem.

Fonte: ESTADÃO conteúdo/BOL